Pais devem ficam atentos a descamações, manchas
e brotoejas
1. Brotoejas
"As brotoejas são bolinhas vermelhas que
costumam aparecer em dobrinhas, no pescoço ou nas axilas do bebê, resultado do
entupimento das glândulas sudoríparas da criança", aponta a pediatra
Camila Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz. Isso ocorre porque essas
estruturas ainda estão em desenvolvimento quando ela nasce e, portanto, ainda
não funcionam adequadamente.
Perigo: as brotoejas podem coçar, causando
incômodo ao bebê e, por serem uma irritação, tornam-se foco de infecções.
Como tratar: já que elas surgem pela
transpiração e o que faz a criança transpirar é o calor excessivo, a solução é
deixá-la o mais fresquinha possível. Dar mais de um banho por dia sem usar
sabonete em todas as lavagens, vesti-la com roupas leves, secar as regiões
úmidas de seu corpo, utilizar talco líquido e mesmo limpar a saliva que escorre
da boca do bebê podem evitar o problema.
2. Hemangiomas
Resultado da projeção dos vasos sanguíneos na
superfície da pele, os hemangiomas, que nada mais são do que manchas
avermelhadas, são bastante comuns em bebês. "A anormalidade é inata, ou
seja, a criança já nasce com ela", afirma o pediatra Sylvio de Barros, da
clínica MBA Pediatria.
Perigo: há o risco de o sintoma evoluir para
problemas mais graves e, por isso, um dermatologista deve ser consultado se as
manchas não desaparecerem.
Como tratar: o pediatra deve ser consultado
para poder receitar o medicamento adequado à situação, caso necessário.
3. Descamações
De acordo com o pediatra Jorge Huberman, a
descamação da pele é completamente normal e até esperada logo após o nascimento
do bebê. "Ele passou 40 semanas em meio aquático, portanto, sua pele
precisa ser trocada para atender às exigências do novo meio", esclarece. O
problema também acomete as crianças no inverno, quando os banhos tendem a ser
mais quentes, o que destrói a camada de gordura protetora da pele.
Perigo: a descamação pode ser uma reação a
algum produto utilizado na higiene do bebê, pode ser sinal de alergia ou ainda
uma dermatite, inflamação da pele.
Como tratar: evite produtos com muita química,
usando apenas um bom sabonete de glicerina durante o banho da criança e fazendo
a higienização com água morna e algodão. Mesmo os lencinhos umedecidos devem
ser evitados sempre que possível. Peça ao pediatra a indicação de um bom
hidratante e, se o problema persistir, consulte-o novamente.
4. Picadas de inseto
A melhor maneira de evitar que seu filho seja
picado por um inseto é colocando mosquiteiro em seu berço e fazendo uso de
tomadas que liberem substâncias repelentes. Há ainda produtos que podem ser
passados na roupa do bebê para afastar mosquitos.
Perigo: se o bebê for picado e não demonstrar
qualquer reação a não ser a típica bolinha vermelha, os pais não terão com que
se preocupar. "É preciso lembrar, entretanto, que a criança pode ser
alérgica a determinados mosquitos, o que pode levar a uma reação exagerada do
seu organismo, culminando em inúmeras lesões pelo corpo", aponta a
pediatra Camila.
Como tratar: fazer compressas frias no local da
picada pode aliviar a sensação de coceira e, no caso de insetos como a abelha,
impede que o veneno do ferrão se espalhe. Se for identificada uma reação
alérgica, o bebê deve ser levado ao médico.
5. Impetigos
De acordo com o pediatra Sylvio de Barros,
impetigo é uma infecção de pele que se apresenta com machucados cheios de pus e
furúnculos. Muitas vezes, é decorrente de uma simples picada de mosquito, que
foi contaminada por bactérias do tipo estreptococo ou estafilococo.
Perigo: enquanto a bactéria está alojada na
superfície da pele, as pessoas que entram em contato com a criança correm risco
de se contagiar. O perigo maior, entretanto, é a migração desse micro-organismo
para o resto do corpo.
Como tratar: o tratamento do impetigo deve ser
feito por meio de antibióticos prescritos pelo pediatra da criança e pode durar
meses, dependendo da resistência da bactéria.
6. Eczemas
"O eczema, irritação da pele evidenciada
pela secura, espessura ou escamosidade da pele do bebê, ou mesmo pelo
aparecimento de bolhas, nem sempre pode ter sua causa diagnosticada",
alerta Jorge Huberman. Em alguns casos, entretanto, ele acontece pelo contato
com alimentos ou produtos irritantes para o organismo da criança.
Perigos: o problema pode causar coceira e
desconforto ao bebê. Eczemas também se tornam uma porta de entrada a agentes
infecciosos.
Como tratar: se a causa for identificada, o
produto ou alimento irritante deve ser substituído por outros, de acordo com as
instruções passadas pelo pediatra. Mas, se a causa for desconhecida, um estudo
mais aprofundado deve ser realizado pelo profissional.
7. Assaduras
Assaduras incomodam muito o bebê, causando dor
e tornando-se foco de infecções. "A pele da criança tem, naturalmente, uma
barreira protetora, mas ela pode ser rompida quando fica muito tempo exposta à
urina, fezes e mesmo ao calor intenso", alerta o pediatra Sylvio de
Barros.
Perigo: o calor intenso aliado à transpiração
da pele, coberta por fralda descartável, pode originar micoses e causar
irritações.
Como tratar: passar pomadas neutras para
fortalecer a barreira de proteção da pele pode evitar assaduras, mas
recomenda-se deixar a região respirar livremente. De acordo com o especialista,
o sol saudável - antes das 10h e depois das 16h - auxilia na esterilização da
pele do bebê.
Fonte: http://www.minhavida.com.br
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