quarta-feira, 21 de março de 2012

Crianças com Síndrome de Down

Dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Desenvolvimento motor:
Criança com Síndrome de Down
Crianças “normais”
Média
(meses)
Extensão
(meses)
Média (meses)
Extensão
(meses)
Sorrir
2
1,5-3
1
0,5-3
Rolar
( de prono a supino )
6
2-12
5
2-10
Sentar
9
6-18
7
5-9
Arrastar-se
11
7-21
8
6-11
Engatinhar
13
8-25
10
7-13
Ficar em pé
10
10-32
11
8-16
Andar
20
12-45
13
8-18
Falar (palavras)
14
9-30
10
6-14
Falar (sentenças)
24
18-46
21
14-32

Como deve ocorrer a prendizagem do portador de síndrome de down:
O portador de Síndrome de Down possui certa dificuldade de aprendizagem que na grande maioria dos casos são dificuldades generalizadas , que afetam todas as capacidades: linguagem, autonomia, motricidade e integração social. Estas podem se manifestar em maior ou menor grau.
A criança com Síndrome de Down tem idade cronológica diferente de idade funcional, desta forma não devemos esperar uma resposta idêntica à respostas da “normais”, que não apresentam alterações de aprendizagem.
A prontidão para aprendizagem depende da complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções especificas como linguagem, percepção, esquema corporal, orientação temporo-espacial e lateralidade.
Crianças espécies como portadores de Síndrome de Down, não desenvolvem estratégias espontâneas e este e um fato que deve ser considerado em seu processo de aquisição de aprendizagem, já que esta terá muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar soluções sozinhas.
Do ponto de vista motor, hipercinesias associada à falta de iniciativa e espontaneidade ou hipercinesias e desinibição são freqüentes. Estes padrões debies também interferem a aprendizagem, pois o desenvolvimento psicomotor e a base da aprendizagem.
É fato que o professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente que têm vontades próprias e afetividades, e estas devem ser respeitadas, pois o aluno não e apenas um ser que aprende.
O ensino das crianças especiais devem ocorrer de forma sistemática e organizada, seguindo passos previamente estabelecidos, o ensino não deve ser teórico e metódico e sim de forma agradável e que desperte interesse na criança.
O atendimento a criança com síndrome de Down deve ocorrer de forma gradual, pois estas crianças não conseguem absorver grandes números de informações. Também não devem apresentar a criança Down informações isoladas ou mecanicistas, de forma que aprendizagem deve ocorrer de forma facilitada, através de momentos prazerosos.
As atividades devem ser centradas em coisas concretas, que devem ser manuseadas pelos alunos.
As experiências devem ser adquiridas no ambiente do próprio aluno.
Situações que possam provocar estresse ou venham ser traumatizantes devem ser evitadas.
A criança deve ser respeitada em todos os aspectos de sua personalidade.
A família da criança deve participar do processo intelectivo.
Alguns pontos devem ser considerados quanto à educação do portador da síndrome de down:
  • Estruturar seu auto-conhecimento. Down
  • Desenvolver seu campo perceptivo.
  • Desenvolver a compreensão da realidade
  • Desenvolver a capacidade de expressão
  • Progredir satisfatoriamente em desenvolvimento físico
  • Adquirir hábitos de bom relacionamento
  • Trabalhar cooperativamente
  • Adquirir destreza com materiais de uso diário
  • Atuar em situações do dia a dia
  • Adquirir conceitos de forma, quantidade, tamanho espaço tempo e ordem
  • Familiarizar-se com recursos da comunidade onde vive
  • Conhecer a aplicar regras básicas de segurança física
  • Desenvolver interesses, habilidades e destrezas que oriente em atividades profissionais futuras.
  • Ler interpretar textos expressos em frases diretas.
  • Desenvolver habilidades e adquiri conhecimentos práticos que levem a descobrir valores que favoreçam seu comportamento no lar, na escola e na comunidade.
Até o momento não há cura. A Síndrome de Down é uma anomalia das próprias células, não existindo drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas para curá-la.
Com os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de estimulação precoce que propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual, iniciando-se com 15 dias após o nascimento.
Como qualquer outra criança, a criança com Síndrome de Down é um produto de sua herança genética, sua cultura e seu ambiente influenciado por pessoas e eventos. Ao entrar na escola, as crianças se encontram em pleno processo de desenvolvimento e crescimento, de acordo com suas próprias capacidades de maturação e desempenho. Para muitas crianças com Síndrome de Down, o inicio da escola (jardim de infância) abre um mundo totalmente novo. Para outros que já freqüentam a pré-escola, a adaptação não é marcante.
Durante os primeiros dias de aula, tanto pais quanto professores tem a responsabilidade de ajudar a criança a se adaptar a acomodar-se ao ambiente escolar. O sucesso de seus esforços dependerá grandemente das experiências prévias em casa durante os anos anteriores ou a vivência na pré-escola. As crianças que forem encorajadas a explorar seu mundo com liberdade, mas em segurança, e que puderam ampliar o raio de suas atividades geralmente têm pouca dificuldade para conseguir uma adaptação tranqüila da casa para a escola. Encorajar as tentativas das crianças em direção à independência representará um preparo para estar longe da casa durante uma boa parte do dia. “A escola está pronta para receber a criança?”. Como muitas das funções de desenvolvimentos esperadas geralmente das crianças “normais” não são observadas em crianças com síndrome de Down, será preciso que o programa educacional adapte-se às suas habilidades e necessidades especiais.
Autoria: Wagner Figueiredo Marins
Fonte:http://www.projetospedagogicosdinamicos

O que é Educação Bilíngue?

Com o atual panorama socioeconômico e político mundial, estimulado pela globalização, cresce cada vez mais a necessidade de se dominar um segundo idioma. Atentas a essa demanda, muitas escolas começaram a oferecer em seus serviços a opção pela Educação Bilíngue. Mas o que é uma escola bilíngue? Como os pais podem ter certeza de que estão realmente oferecendo aos seus filhos mais esse diferencial na educação? 
Uma escola bilíngue é aquela que faz com que o aluno fique imerso no universo sonoro de um segundo idioma. Ele recebe estímulos na segunda língua, e da mesma maneira que imita os gestos dos adultos que o rodeiam, reproduzirá os sons que ouve. Mas a definição de Educação Bilíngue não fica reduzida à questão fonética, ela aborda aspectos paralinguísticos valiosos, como, por exemplo, a abertura à diversidade cultural contida nas estruturas das línguas.
Existem diferenças entre escolas estrangeiras e escolas bilíngues. As primeiras adotam como primeiro idioma aquele do país de origem, enquanto o português passa a ser a segunda língua. Já nas escolas brasileiras bilíngues, acontece o inverso: o currículo é brasileiro, assim como o idioma materno, e o aluno aprende uma outra língua simultaneamente.
“Quando o aluno entra em uma escola bilíngue, toda a comunicação é realizada no segundo idioma, fazendo com que ele o assimile de uma forma natural e espontânea, da mesma maneira como aprende a língua materna”, explica Eliane Gomes Nogueira, presidente da Organização das Escolas Bilíngues do Estado de São Paulo – OEBi.
Na Educação Infantil bilíngue, todas as disciplinas são ministradas em inglês, na totalidade do tempo em que o aluno permanece na escola. Os professores têm como formação profissional os cursos de Letras ou Pedagogia e falam um segundo idioma fluentemente, seja por terem estudado, morado ou trabalhado em outro país, seja pelo fato de serem estrangeiros.
A Educação Bilíngue encontra-se em expansão no Brasil, e a maioria das escolas está em São Paulo. As mensalidades dessas instituições de ensino não são mais caras do que as das demais escolas com o mesmo padrão. Quanto mais nova a criança começa a aprender outro idioma, mais fácil é a sua assimilação. Em termos de adaptação, ela tem muito menos dificuldade, ou quase nenhuma. O aluno que se transfere para uma escola bilíngue, passa por um processo de adaptação e reforço para poder acompanhar a classe na qual irá estudar.
“É muito difícil tornar alguém bilíngue. Fazer uma pessoa falar um segundo idioma de forma automática, fluente, pensando nessa segunda língua não é uma tarefa fácil. Portanto, quanto mais cedo se inicia esse processo, melhor o resultado”, lembra Eliane.
O Português é peça fundamental do aprendizado, e, em nenhum momento, uma escola bilíngue pode desprezar a língua materna, que é um ativo importante do indivíduo, sendo o domínio dela essencial, e por isso não deve ser prejudicado pela Educação Bilíngue, ou seja, deve ser desenvolvido com a mesma ênfase. Não se trata da substituição da língua materna, e sim do acréscimo do segundo idioma no aprendizado.
“Na hora de escolher por uma escola bilíngue, os pais precisam observar certas características: quanto tempo de exposição ao segundo idioma terá o filho, qual a formação dos professores contratados, qual o nível de fluência no segundo idioma desses profissionais, qual o material utilizado e, o mais importante, visite a escola em horário de funcionamento, vá até as salas de aula. Aí você terá certeza se a escola realmente atende à proposta da Educação Bilíngue”, explica a presidente da OEBi.
Uma escola não pode se intitular bilínguue se não tiver por objetivo o ensino de um segundo idioma por intermédio de uma imersão. Apenas ministrar aulas de inglês duas vezes por semana, por exemplo, não é oferecer uma Educação Bilíngue.
Após frequentar uma escola bilíngue, o aluno, ao atingir a adolescência, será bilíngue no sentido amplo da palavra. “Ele saberá ler, escrever, falar e produzir textos da mesma forma como faz no idioma materno, fluentemente. Se ele quiser continuar os estudos fora do País, terá absoluta aptidão para isso”, finaliza Eliane.
Interessante, não?
Fonte: Portal Guia Escolas