segunda-feira, 22 de outubro de 2012

3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência


 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Entre os dias 3 e 6 de dezembro será realizada a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. Com o tema: “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: novas perspectivas e desafios”, as preparatórias municipais, estaduais e distrital vão debater, em quatro eixos temáticos, assuntos relativos às pessoas com deficiência.
São eles:
1. Educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional;
2. Acessibilidade, comunicação, transporte e moradia;
3. Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses;
4. Segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.
As etapas regionais tiveram início em novembro de 2011 e foram até setembro deste ano.
Cada conselho municipal, estadual e distrital apresentou até 40 propostas, dez de cada temática para etapa nacional. Os resultados dessas atividades no Brasil serão levantados na 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Veja a programação preliminar
 http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/conferencia/programacao-preliminar
.Fonte:http://www.inclusive.org.br

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Segundo o MEC, em 10 anos o número de matrículas de alunos com deficiência subiu 933,6%


A quantidade de matrículas de pessoas com deficiência na educação superior aumentou 933,6% entre 2000 e 2010. Estudantes com deficiência passaram de 2.173 no começo do período para 20.287 em 2010 – 6.884 na rede pública e 13.403 na particular. O número de instituições de educação superior que atendem alunos com deficiência mais que duplicou no período, ao passar de 1.180 no fim do século passado para 2.378 em 2010. Destas, 1.948 contam com estrutura de acessibilidade para os estudantes.

No orçamento de 2013, o governo federal vai destinar R$ 11 milhões a universidades federais para adequação de espaços físicos e material didático a estudantes com deficiência, por meio do programa Incluir. O valor é quase quatro vezes maior em relação ao investimento deste ano, de R$ 3 milhões.

Inclusive - inclusão - várias figuras multicoloridas de mãos dadas: um cadeirante, um muito alto, um muito baixo e outros olhando para direções diversas
O Incluir http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=495&id=12257&option=com_content&view=article tem como objetivo promover ações para eliminar barreiras físicas, pedagógicas e de comunicação, a fim de assegurar o acesso e a permanência de pessoas com deficiência nas instituições públicas de ensino superior. Até 2011, o programa foi executado por meio de chamadas públicas. Desde 2012, os recursos são repassados diretamente às universidades, por meio dos núcleos de acessibilidade. O valor destinado a cada uma é proporcional ao número de alunos.

Entre 2013 e 2014, o governo vai abrir 27 cursos de letras com habilitação em língua brasileira de sinais (libras) nas universidades federais, uma em cada unidade da Federação. Além disso, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) vai ofertar mais 12 cursos de educação bilíngue (português–libras) a partir do próximo ano.

Para dar suporte de recursos humanos aos novos cursos nas universidades federais, será autorizada a abertura de 229 vagas de professores e 286 de técnicos administrativos. As ações fazem parte do eixo educação do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência — Viver sem Limite, que envolve diversos ministérios para promover a inclusão, autonomia e direitos das pessoas com deficiência.
Fonte: MEC

Déficit de atenção e dislexia na escola


As dificuldades escolares são diversas e multifatoriais, dificultando, muitas vezes, delimitações mais precisas. No entanto, o comprometimento de habilidades estratégicas para o aprendizado, como atenção e leitura, pode determinar prejuízos persistentes e difusos, justificando uma avaliação mais sistemática e aprofundada destas funções. O avanço no conhecimento sobre transtornos como o TDAH e a Dislexia tem melhorado a compreensão geral sobre estas funções, orientando ainda estratégias mais específicas e eficazes de intervenção.
A atenção é a porta de entrada da informação, devendo selecionar o que é relevante e controlar seu processamento pelo cérebro. Entre outros efeitos, a atenção facilita a percepção, a memória e a resposta motora, tendo papel central no aprendizado (seja uma habilidade ou um conteúdo).
A leitura, ao contrário da fala, não é aprendida de forma natural ou intuitiva. Esse processo pode ser favorecido por um trabalho sequencial das habilidades envolvidas. A leitura tem como finalidade a compreensão, e depende da decodificação (conversão de letras em sons) adequada, além do domínio da língua (habilidades da linguagem oral). Presumida a sua aquisição, a linguagem escrita se torna a principal (quase exclusiva) ferramenta de acesso e avaliação dos conteúdos escolares, o que é potencialmente problemático. Separar as demandas de leitura/escrita daquelas próprias da disciplina pode ajudar a delimitar eventuais déficits, além de enriquecer o aprendizado de todos os alunos.
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é definido pela presença de sintomas primários e persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade em níveis disfuncionais. Dificuldades de organização e planejamento (disfunção executiva) são também muito frequentes. A dislexia é um transtorno específico da aprendizagem no qual há uma dificuldade significativa e persistente na leitura, resultante de um déficit na decodificação. A compreensão da linguagem oral encontra-se preservada, diferente do que é observado nas dificuldades primárias de compreensão.
O TDAH e a dislexia são condições prevalentes na infância (acometem cerca de 5% das crianças), com impactos na vida escolar, social e familiar. A possibilidade de diagnósticos adicionais (comorbidades) é a regra – não a exceção – nestes quadros, devendo ser investigados (sintomas de outros transtornos do neurodesenvolvimento, alterações do humor, ansiedade, entre outros). A taxa de comorbidade entre TDAH e Dislexia é elevada e bidirecional (25 a 40% apresentam sintomas do outro transtorno, independente do inicial). Esta associação, muito estudada, envolve complexos mecanismos que são compartilhados por estes transtornos (genéticos, ambientais, comportamentais, cognitivos, etc.). Situações comórbidas evoluem, em geral, com maiores prejuízos, não só acadêmicos como globais (índices de reprovação e evasão escolar, baixa autoestima, problemas de comportamento, etc.). Ambos os transtornos devem ser diagnosticados e tratados. O reconhecimento desta associação é uma tarefa muitas vezes difícil, e requer a avaliação cuidadosa e a colaboração de todos os envolvidos.
Atenção e leitura são habilidades múltiplas e complexas, que variam muito entre as pessoas (são dimensionais). Avaliar adequadamente e entender os diversos perfis de funcionamento são grandes desafios para as Neurociências. A dificuldade de leitura na comorbidade parece se relacionar mais com a desatenção do que com os outros sintomas do TDAH. Em algumas crianças, a impulsividade favorece muito o uso da adivinhação como estratégia compensatória. Caso o comportamento de desatenção esteja presente somente nos momentos de leitura, o diagnóstico de TDAH se torna mais improvável. O papel da atenção visual na dislexia é foco recente de pesquisas, além de outros parâmetros já identificados (velocidade de processamento, memória operacional, etc.).
Estratégias de identificação precoce, prevenção e intervenção têm sido desenhadas a partir deste conhecimento, abrindo interessantes perspectivas. No entanto, há limitações para a generalização destes resultados, que devem estar claras (diferenças entre as línguas, variações culturais, etc.). A transparência é a marca da boa ciência. Um olhar individualizado e bom senso são imprescindíveis em todos os casos. Seguem algumas estratégias gerais em função dos aspectos sinalizados.

HABILIDADES IMPORTANTES PARA A LEITURA
→ Consciência fonológica: capacidade de perceber e manipular sons da fala
- reconhecer os sons das palavras (usar palmas);
- fazer rimas, acrescentar e retirar partes das palavras, formando outras.

→ Nomeação de letras e associação letra-som
- usar jogos ou músicas para facilitar a memorização;
- usar letra bastão, evitando informações conflitantes antes da consolidação desta fase (letra cursiva);
- evitar exposição a uma segunda língua quando houver dificuldade.

→Decodificação fluente (conversão letra-som)
- começar com palavras simples e regulares;
- aumentar progressivamente a complexidade (palavras maiores, irregulares, frases curtas, etc.)

→ Domínio da língua (aspectos estruturais e semânticos) e narrativa oral
- vocabulário (sentido literal e figurado); palavras derivadas;
- estrutura frasal e relação entre as frases;
- pistas do contexto e inferências;
- ideia central (personagens e fatos principais);
- sequência temporal e os termos indicativos;
- informações implícitas (o que o personagem pensou ou sentiu; o que poderia ser diferente).

ACOMODAÇÕES DE LEITURA NA ESCOLA
→ A dislexia é uma dificuldade persistente de leitura, que é sempre mais difícil e cansativa. Embora o desempenho melhore com a prática, as demandas escolares crescentes (textos e enunciados mais extensos e complexos em várias disciplinas) podem manter eventuais lacunas. Além disso, a leitura deve ser estimulada como atividade de prazer, praticada também fora da escola. Para isso, é fundamental possibilitar outras formas de aprendizado, evitando possíveis sobrecargas.

ESTRATÉGIAS GERAIS:
→dar mais tempo para o aluno nas atividades que envolvem leitura;
→aumentar o espaço entre as letras e destacar as partes mais importantes (atenção visual);
→possibilitar leitura em voz alta dos textos e enunciados quando necessário;
→ esclarecer as dúvidas sobre textos/enunciados (antes de presumir falhas de conteúdo);
→ erros ortográficos atípicos fazem parte do quadro e não devem ser descontados;
→ usar recursos visuais para apresentar ou resumir os conteúdos (desenhos, figuras ou esquemas);
→ permitir que o aluno responda oralmente ou através de recursos visuais;
→ atividades alternativas de aprendizado (museus, exposições, filmes, etc.);
→ permitir a gravação das aulas e/ou indicação material audiovisual sobre o conteúdo*

Fonte: TDHA

Fumar durante a gravidez pode causar asma em crianças


Estudo mostra que chiado no pulmão é mais comum se mãe fumou no primeiro trimestre de gestação








Uma nova pesquisa feita pelo Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia, sugere que fumar durante a gravidez pode aumentar o risco de crianças na idade pré-escolar desenvolverem asma e problemas de chiado no pulmão, mesmo que as crianças não sejam expostas à fumaça após o nascimento. Os resultados foram publicados na edição online do American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

Veja mais: http://www.minhavida.com.br/familia/materias/15505-fumar-durante-a-gravidez-pode-causar-asma-em-criancas


10 benefícios da amamentação para o seu bebê

Veja por que o leite materno deixa o bebê mais inteligente e protegido das cólicas.

mãe amamentando o filho - Foto Getty Images

Desde a confirmação da gravidez, nenhum episódio é capaz de chamar mais atenção do que a saúde do bebê prestes a chegar. Os cuidados necessários para o desenvolvimento da criança despertam o interesse como nenhum outro assunto e a mãe faz de tudo para garantir que o bebê passe os dias longe de infecções e alergias. "Felizmente, a melhor proteção para o bebê está, justamente, nas mãos da mãe: crianças que recebem leite materno como alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida são mais resistentes a infecções, alergias, doenças e até mesmo complicações mais simples, como a cólica e o estresse", afirma o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

quinta-feira, 31 de maio de 2012


Relator inclui educação especial e escolas para surdos no PNE


A inclusão da escola especial e da escola bilíngue para surdos no novo Plano Nacional de Educação (PNE) - PL 8035/10  – foi comemorada pelos representantes do setor que lotaram hoje o plenário onde estava sendo discutido o texto final do relator da comissão especial destinada a analisar a proposta, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR).

O texto do PNE enviado pelo governo contemplava apenas a inclusão de pessoas com deficiência nas escolas, e não citava as duas formas específicas de educação. De um lado, surdos reivindicavam escolas em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) seja a língua principal, e por outro lado associações que lidam com educação especial, como as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), defendiam uma educação para quem precisa de currículo específico.

“No começo o governo só queria falar de inclusão, mas souberam negociar e atender esses movimentos que se organizaram e foram os mais atuantes na discussão do PNE”, avaliou o presidente da comissão, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES).

O relator apresentou uma modificação à Meta 4 do texto, sobre educação para pessoas com deficiência. As mudanças colocam como meta a inclusão de alunos que tenham dificuldades de aprendizagem ou alguma deficiência, mas não deixa de fora as escolas especiais. Quanto às bilíngues, são escolas com currículo normal, e, pelo novo texto, sua expansão deve fazer parte das metas do PNE.

Para o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), ligado ao movimento de Apaes (que organiza escolas para alunos com deficiência), o texto apresentado contempla as reivindicações, e garante a continuidade da educação especial. “Defendemos a escola normal e a escola especial, não há competição, no entanto, nossa vivência mostra que existe um grupo que precisa de um currículo adaptado para suas necessidades, sem necessariamente ter sucesso acadêmico, mas de convivência”, disse.

Para a diretora de política educacional da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, Patrícia Rezende, que é surda e militante, o texto apresentado pelo relator torna possível a existência das escolas bilíngues, inclusive com tradutores de libras e professores surdos, de forma que essa seja a principal língua utilizada pelos alunos. “Isso não estava claro no PNE, e foi uma vitória para nós”, sinalizou.

Patrícia também frisou que as escolas bilíngues podem ser inclusivas. Crianças que ouvem podem se matricular, desde que tenham conhecimento em libras, e façam as aulas nessa língua. “Meus filhos são ouvintes, mas são fluentes em libras, se eles quiserem estudar lá, podem”, completou.

Gastos com Educação
O relator apresentou hoje outras alterações, que devem continuar amanhã, em busca de um acordo para aprovar o texto na comissão. As mudanças são fruto de 155 destaques, que são mudanças específicas pedidas por deputados no relatório, e que poderiam ser votadas uma a uma.

Entre outras alterações, o texto deixa claro que a meta de gastos com Educação pode ser revista por meio de um projeto de lei.

A meta, no entanto, não foi alterada. No texto, o relator propõe 7,5% do PIB em investimento direto do setor público em Educação, a ser implementado nos próximos dez anos, enquanto este plano estiver em vigência. Alguns deputados, principalmente da oposição, querem que o investimento seja de 10% do PIB.

Atualmente o investimento está em 5% do PIB, e o crescimento dos últimos anos, entre 0,1% e 0,2%, fecharia a mesma conta. Com esse argumento, o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, insiste em 10%. “Vamos ter de dar preferência a algumas metas, não há recursos para todas”, disse.

Nas contas do movimento, cada 0,5% do PIB representa 20 bilhões em recursos para o setor. A proposta original falava em 7% e, segundo Cara, até a tramitação final da proposta, que ainda vai passar pelo Plenário e pelo Senado, o governo já sinaliza que aceitaria 8%, nem uma fração a mais.

Meta de financiamento da educação divide até a base aliada, afirma deputado

Votação
Segundo Lelo Coimbra, a votação do novo parecer de Vanhoni – uma complementação de voto – deverá ocorrer no dia 12 na comissão.

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta terça-feira que o PNE deverá ser votado pelo Plenário assim que a pauta for liberada. "A votação do PNE é uma prioridade da Câmara. Na primeira oportunidade, o projeto será votado", disse Maia.

Fonte: http://www2.camara.gov.br

10 dúvidas comuns de quem quer parar de fumar




Largar o cigarro nunca é tarefa fácil. A exposição crônica à nicotina promove um quadro de dependência, tanto física como psicológica, já que essa substância causa mudanças neuroquímicas em nossos neurônios. Para piorar, na hora de largar o vício, muitas dúvidas podem surgir, o que acaba atrapalhando o tratamento. Segundo o grupo de psiquiatras do Núcleo de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein, algumas confusões quanto ao tratamento ainda são bastante comuns e podem desmotivar quem está tentando lagar o vício.

Veja mais dicas:http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/13719-10-duvidas-comuns-de-quem-quer-parar-de-fumar

segunda-feira, 28 de maio de 2012


Evaporação e formação de chuvas estão mais rápidas


Estudo realizado por pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos afirma que os eventos extremos da natureza como a seca e as chuvas, decorrentes da mudança climática global, ficarão mais intensos nas regiões onde esses fenômenos já ocorrem com frequência.

Segundo artigo publicado na revista científica “Science”, foram analisados 50 anos de medições de níveis de salinidade do mar e na atmosfera da Terra e verificou-se que o processo de evaporação e precipitação (chuva) tem ocorrido de forma mais rápida.

Os cientistas sugerem que este ciclo global da água poderá se intensificar em até 24% se as temperaturas globais aumentarem entre 2º C e 3ºC – conforme previsão feita pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

O efeito é classificado como “ricos cada vez mais ricos”, ou seja, onde já há secas intensas, a probabilidade de agravamento é alta e onde as regiões já são umidas, as chuvas devem se acentuar.

Os estudiosos afirmam que essa mudança na disponibilidade de água doce (proveniente das chuvas), em resposta à mudança climática, representa um importante risco para a sociedade humana e ecossistemas. Uma redistribuição de chuvas afetaria, por exemplo, a disponibilidade de alimentos no mundo.

Fonte: Globo – Ciência e Saúde

Obama pede aprovação da Convenção das pessoas com deficiência pelo Senado


Três anos após ter assinado a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama enviou o documento ao Senado para ser ratificado. É necessária a aprovação pelo Senado para que o tratado comece a vigorar. Sete senadores democratas e republicanos, John McCain (R-AZ), Dick Durbin (D-IL), Jerry Moran (R-KS), Tom Harkin (D-IA), John Barrasso (R-WY), Chris Coons (D-DE) e Tom Udall (D-NM), se declararam a favor da Convenção.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aberta a assinaturas em 2007. 153 países já assinaram, declarando intenção de adotar o documento e 112 já o ratificaram. O Brasil ratificou a Convenção com equivalência Constitucional por Decreto Legislativo 186, de 9 de julho de 2008 e Decreto Presidencial Nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.


Fonte: Inclusive e Disability Scoop


Paciente com paralisia comandando braço robótico com o pensamento

Uma mulher tetraplégica foi capaz de pegar uma garrafinha térmica e beber café quentinho sem a ajuda de nenhuma pessoa. Os responsáveis pela façanha foram uma equipe internacional de cientistas que conectou eletrodos inseridos em seu córtex motor - parte cerebral responsável pelos movimentos voluntários - a um computador e um braço mecânico. Pela primeira vez em 15 anos, a paciente, conhecida no estudo como S3, conseguiu beber café usando seus próprios sinais neurais para fazer o movimento.

Quando uma pessoa quer se movimentar, ela libera um fluxo de sinais elétricos do cérebro para a medula espinhal. Interrupções nestas vias nervosas impossibilitam a passagem dos sinais elétricos, o que causa a paralisia.

Os testes do braço mecânico controlado pelo pensamento foram feitos com dois pacientes que sofreram AVC há mais de 10 anos. Eles também têm a chamada síndrome do encarceramento, no qual o paciente não consegue mover os membros nem falar, e se comunica apenas por piscadas de olho que indicam as letras de uma palavra ou frase que querem informar. Os resultados do estudo foram divulgados no periódico científico Nature.

Pesquisadores americanos e alemães implantaram um conjunto de 96 eletrodos do tamanho de uma aspirina no córtex motor, no topo da cabeça dos voluntários. Os sinais cerebrais iam para um computador que decodificava os algoritmos e levava até o braço mecânico. O equipamento recebeu o nome de BrainGate2.

"Eu penso em movimentar a minha mão e o meu punho. É muito confortável e natural imaginar minha mão direita se movendo para a direção que eu quero que o braço robótico se mova", contou Cathy Hutchinson, de 58 anos. Ela usou os olhos para indicar as letras de seu relato divulgado à imprensa. A atividade também não exige concentração excessiva. De acordo com a paciente, ela não fez nada além do que estava acostumada a coordenar pelos pensamentos antes de perder os movimentos. "No início tive que me concentrar e focar os músculos que usaria para executar determinadas funções".

Robert, o outro paciente que participou do experimento também informou que não teve dificuldade de comandar o braço robótico pelo pensamento. "Eu só imaginei que estava mexendo o meu próprio braço e o braço mecânico foi para onde eu queria que ele fosse", anunciou o homem de 66 anos.

Os pesquisadores ficaram entusiasmados com o fato mesmo depois de anos de paralisia, o córtex motor dos dois pacientes continuou funcionando, sendo capaz de liberar sinais neurais.

Interação cérebro-máquina
Os sinais neurais enviados pelos pacientes foram interpretados por um computador do tamanho de uma geladeira, que é conectado ao braço robótico e aos eletrodos. Os pesquisadores destacaram que para cada indivíduo eles construíram um novo decodificador. "Cada neurônio é uma espécie de torre transmissão de rádio e tem centenas de sensores. Há um padrão comum para os movimentos, mas muda muito o conjunto de sinais dados por cada indivíduo para fazer cada movimento", disse John Donoghue, neurocientista da Universidade de Brown e pioneiro no desenvolvimento do BrainGate, há mais de uma década.

Para habilitar os computadores a interpretar os sinais neurais corretamente, Robert imaginou controlar o braço do robô, enquanto observava movimentos pré-programados. A atividade cerebral correspondente foi gravada e usada para construir um mapa entre os padrões de sinais do cérebro de Robert e as atividades realizadas pelo robô.

O equipamento ainda precisa passar por uma série de testes até que seja aprovado. Há ainda a questão financeira para comercializá-lo. "Eu acredito que seja questão de anos, menos de uma década que vamos conseguir comercializá-los", disse Leigh Hochberg, neurologista da Brown Universidade.

Fonte: Ultimo Segundo

Alíquota zero

O Diário Oficial da União publica nesta sexta-feira (18) a lei que reduz a zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre 27 produtos voltados a pessoas com deficiência.

Entre os produtos estão calculadoras equipadas com sintetizador de voz, teclados com adaptações específicas, mouses com acionamento por pressão, digitalizador de imagens - scanners - equipados com sintetizador de voz, lupas eletrônicas, próteses oculares e softwares de leitores de tela que convertem o texto em voz ou em caracteres braille, para utilização de surdos-cegos.

A medida faz parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Plano Viver sem Limite), lançado pelo governo federal no ano passado. Também contam com isenção desde novembro do ano passado, data de publicação da Medida Provisória 549/11, partes e peças para cadeiras de rodas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência no país, o que corresponde a 23,91% da população brasileira.

Fonte: DCI

quinta-feira, 3 de maio de 2012




Cultura: Filme para deficientes visuais



Na tela do cinema, a imagem mostra uma senhora numa cadeira, em uma sala ampla com um piano ao fundo, bordando em silêncio. No áudio, um narrador descreve detalhadamente a cena.
            A câmera fecha um ângulo nas mãos dessa mesma mulher. O narrador continua a descrever: "a imagem mostra o detalhe da agulha passando pelo tecido".
Na ampla plateia do Cine São Carlos, no interior de São Paulo, com capacidade para 540 pessoas, um grupo de 15 deficientes visuais acompanha o desenrolar do filme.
            Eles estiveram na primeira sessão do Cine+Sentidos, que começou ontem e vai exibir, quinzenalmente, filmes com audiodescrição para cegos.
O projeto, iniciativa da Prefeitura de São Carlos em parceria com o Cine São Carlos, é apontado como pioneiro no interior paulista em ter sessões permanentes para quem tem problemas na visão.
            Na primeira sessão, foram exibidos cinco comédias curtas-metragens. Uma delas, "Mr. Abrakadabra!", do diretor José Araripe Jr., feito mudo e em preto e branco.
            Na plateia, o som de risos, enquanto o narrador descreve as tentativas de um mágico que, já velho, decide morrer a qualquer custo.
            "Se não houvesse a audiodescrição, seria impossível entender. Com ela, dá para acompanhar toda a história", disse Ailton Alves Guimarães, 38, que consegue enxergar apenas vultos.
            Com exibições gratuitas quinzenalmente, às quintas-feiras, o Cine+Sentidos quer atrair mais pessoas progressivamente, diz o coordenador de Artes e Cultura de São Carlos, Almir Martins.
            Os deficientes visuais são incentivados a levar parentes e amigos que não são cegos. "É uma forma de permitir que, depois, eles trocam impressões sobre o filme", diz Maurício Zattoni, chefe da Divisão de Audiovisual.
            O projeto de São Carlos segue os passos de outros programas culturais bem-sucedidos de inclusão de pessoas com necessidades especiais.
            O principal deles em atividade no país teve início em março, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, onde todas as peças em cartaz na temporada deste ano têm audiodescrição, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e legendas, beneficiando não apenas deficientes visuais, mas, também, os auditivos.
            "Antes, não havia um espaço que oferecesse isso de forma permanente", diz a coordenadora de acessibilidade do projeto no Carlos Gomes, Graciela Pozzobon.
Pioneiras da audiodescrição no país, ela diz que há iniciativas do tipo em festivais ou temporadas curtas em capitais como São Paulo e Porto Alegre.
            Ela e o especialista em audiodescrição Paulo Romeu Filho afirmam não conhecer outras cidades do interior que tenham projeção do tipo permanente.

Fonte: Folha


quarta-feira, 4 de abril de 2012


Brasileiros criam aplicativo que pode revolucionar a vida de surdos

Aplicativo chamado de Prodeaf, assume o papel de intérprete de português e libras, através de um avatar.
Alfabeto em Libras
Pessoas que nunca tiveram problemas com a audição jamais poderão compreender a barreira comunicacional que divide os ouvintes dos surdos. Mesmo com uma linguagem de sinais específica e bem estabelecida, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), as dificuldades de comunicação permanecem como obstáculo para o relacionamento entre os que vivem no silêncio e quem escuta.

E foi observando a dificuldade de um colega de classe surdo, Marcelo Amorim, que os estudantes de Ciência da Computação Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - João Paulo Oliveira, Lucas de Araújo Mello Soares, Amirton Chagas, Flavio Almeida e Daniel Ferreira - tiveram a ideia de desenvolver uma ferramenta de tecnologia que facilitasse a comunicação entre o grupo.

Nascia, em 2010, o Prodeaf, um aplicativo que assume o papel de intérprete de português e libras, através de um avatar. "A intenção é transformá-lo em uma plataforma e que possa ser usado em qualquer cenário", explica João Paulo, hoje diretor de negócios da startup Proativa, criada em sociedade com o grupo para o desenvolvimento do Prodeaf.

Ideia - O projeto partiu do pressuposto de que nem sempre um surdo tem um intérprete ao seu lado e, por isso, precisa de uma ferramenta portátil e fácil de usar e que permita que ele se comunique com ouvintes. E é assim que chegaram ao conceito de que o Prodeaf deveria ser um aplicativo para smartphone, acessível por qualquer sistema operacional.

De acordo com João e Lucas, com o app é possível que um surdo se aproxime de qualquer pessoa para pedir uma informação, por exemplo. Com a câmera do aparelho, o surdo registra os sinais em Libras e o sistema então os converte em áudio. Para responder, basta que o ouvinte fale com o app, que irá então representá-lo, via avatar no display.

Mas não é apenas na comunicação ao vivo que o aplicativo surpreende. O seu uso, explicam, pode ser estendido para ligações telefônicas. "Enquanto o surdo se comunica via gestos, o app os transformará em voz. Na outra ponta da ligação, o ouvinte terá sua resposta convertida em sinais", finaliza João.

Outra boa notícia é que o Prodeaf está em vias de ser colocado em testes com um grupo de surdos de associações parceiras do projeto, como a Associação de Surdos de Pernambuco, por exemplo. "A intenção é disponibilizar em caráter de teste para usuários em até dois meses", afirma João Paulo.

O grupo ainda está à procura de patrocinadores para que a produção do Prodeaf possa ser feita em grande escala, mas preveem que o lançamento da ferramenta para o público geral possa acontecer já em 2013. "Estamos entusiasmados com o projeto e também com o fato de termos conseguido quebrar essa barreira que divide os surdos dos ouvintes, nos sentimos importantes", brinca Lucas.

O entusiasmo não ficou reservado apenas aos jovens e aos grupos de surdos parceiros do projeto. No ano passado, o Prodeaf recebeu reconhecimento internacional ao ficar no segundo lugar mundial da Imagine Cup 2011 da Microsoft. O desafio proposto pela edição passada era imaginar soluções tecnológicas que pudessem ajudar a resolver problemas mundiais. E, ao que parece, os meninos de Pernambuco absorveram perfeitamente a ideia da competição estudantil.

Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br

No Dia de Conscientização do Autismo, monumentos do Brasil e de outros países ganham iluminação especial



Um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor vai ganhar uma iluminação especial no início da noite de hoje (2), em tons de azul, para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção sobre a necessidade do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.

Além do monumento carioca, serão iluminados em azul o Teatro Amazonas, em Manaus; o Congresso Nacional, em Brasília; o Empire State Building, em Nova York (Estados Unidos) e o Big Ben, em Londres (Inglaterra).

No Rio de Janeiro, a ação está sendo coordenada por um grupo de organizações não governamentais (ONGs) voltadas ao acompanhamento de pessoas com o distúrbio. Uma delas é a ONG Mão Amiga, que trabalha há 11 anos prestando atendimento a parentes e amigos de pessoas com autismo. A presidente da entidade, Iranice Nascimento, disse que é preciso levar à sociedade mais informações sobre o transtorno, como forma de diminuir o preconceito em relação aos pacientes.

“Muita gente acha que criança autista é mal-educada e que não é capaz de aprender, o que não é verdade. Com o diagnóstico definido, é possível iniciar um tratamento adequado, por meio de terapias diversas, e avançar bastante”, destacou, acrescentando que a programação no Rio também prevê um recital aos pés do Cristo Redentor para destacar o papel da música como uma das terapias que auxiliam no tratamento do autismo.

A psiquiatra Letícia Calmon, da Associação de Amigos do Autismo, entidade ligada à Associação Brasileira de Autismo e que oferece suporte a quem tem o diagnóstico confirmado, explica que os sintomas aparecem antes dos 3 anos de idade e que o tratamento exige uma equipe multidisciplinar.

“O diagnóstico do autismo é clínico, baseado nas informações que a mãe passa e na observação do comportamento da criança. Os principais sintomas, que aparecem nos primeiros anos de vida, são déficit na comunicação, comportamentos repetitivos e dificuldade na interação social. Como não há medicação específica, o tratamento se dá com intervenções comportamentais, que devem ser feitas por uma equipe que inclui fonoterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo comportamental e psiquiatra.”

Jefferson de Oliveira, de 24 anos, recebeu o diagnóstico de quem tem autismo aos 3 anos de idade, após suspeita da pediatra que o acompanhava. A mãe do rapaz, Maria Aparecida Oliveira, diz que o acompanhamento especializado aumenta muito as chances de redução dos sintomas.
“Hoje os profissionais estão mais capacitados para fazer esse diagnóstico. Quem o recebe precisa ter os pés no chão, saber que cura não tem, mas, dependendo do grau do autismo e do tratamento, há uma boa melhora”, disse ela, ressaltando que, com o estímulo de profissionais, o filho conseguiu concluir o ensino médio.


Aluno especial paga mais 

Inclusive - sala de aula vazia.

Escolas particulares cobram ilegalmente taxas extras para matricular estudantes com síndrome de Down. A prática é condenada pelo Conselho Nacional de Educação e pela Secretaria de Educação, que pregam o respeito à inclusão

Acabar com a discriminação e incluir pessoas com distúrbios genéticos na sociedade. O discurso aparece em leis, em decretos, em organizações públicas ou privadas, na boca de políticos, além de ser um direito garantido pela Constituição Federal. Para os portadores da síndrome de Down do DF, no entanto, as dificuldades começam na escola e pesam no bolso dos pais. Estabelecimentos particulares cobram taxas extras para matricular esse tipo de aluno. A prática é ilegal, segundo o Conselho Nacional de Educação (CNE), e a Secretaria de Educação. Ambos consideram a cobrança discriminação.

O Correio visitou seis escolas e constatou que três delas exigem a contratação de um acompanhante no ato da matrícula para fazer companhia à criança especial. O Colégio Santa Rosa (602 Sul), a Escola Renascença (914 Norte) e a Escola Nossa Senhora de Fátima (906 Sul) são enfáticos ao ressaltar que o aprendizado só é garantido com a presença desse profissional. Um docente auxiliar custa, em média, R$ 600, se sugerido pela instituição; e R$ 1 mil, se contratado por fora.

O Dromos (Sudoeste) afirmou fazer uma avaliação prévia da criança para analisar as reais necessidades de um supervisor. Na instituição, três portadores de síndrome de Down estão matriculados. Um não precisa de acompanhante, e os outros dois estão em fase de teste. O colégio permite que os pais escolham o tutor e paguem diretamente ao profissional. Entre as visitadas, as escolas La Salle (906 Sul) e Sigma (912 Sul) afirmaram não cobrar nada a mais para receber as crianças portadoras de necessidades.

O presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Francisco Aparecido Cordão, afirma que as estruturas física e de ensino das instituições devem receber a todos, com qualidade. “Não há qualquer legalidade nesta cobrança. Escolas públicas e privadas devem ser inclusivas e ter condições para receber os ditos normais e os especiais. A escola tem que dar tratamento adequado e não diferenciar quem tem deficiência x ou y.” A Educação especial para todos está prevista na Resolução nº 4 de 2009, do CNE, na Resolução nº 2 de 2001, no Decreto nº 3.956 de 2001 e em outras normas.

Acompanhante
A posição do CNE converge com a da Secretaria de Educação. Segundo o chefe da Coordenação de Supervisão Institucional e Normas de Ensino (Cosine), Marcos Silvio Pinheiro, órgão que supervisiona e orienta as escolas, a maioria das instituições não têm condições de receber alunos especiais. “O ideal seria que todas conseguissem atender bem essas pessoas, realmente educar. A princípio, esta cobrança é ilegal. Mas teremos que investigar todas elas para dizer o que pode acontecer.” Segundo ele, é preciso haver apuração de cada caso. “A escola pública tem os profissionais treinados para ensinar, mas as particulares enxergam a questão econômica. Temos processos de instituições que rejeitaram alunos.”


Apesar da cobrança, nenhuma das escolas visitadas mentiu ou tentou fazer um contrato com cláusulas obscuras. “Toda vez que a criança precisa de um atendimento especial, há um aumento no valor. Se ela necessita de um tutor, não posso dissolver isso nas outras mensalidades. A situação é, sim, legal, tem uma relação contratual clara”, disse a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, também proprietária da Dromos. Ela ressalta que o tutor garante a integridade da criança. “Com a contratação, garantimos a real inclusão, pois o acompanhante mostra os limites e direciona o estudo.”

O Correio ouviu funcionários de três colégios durante as visitas. Na Escola Nossa Senhora de Fátima, a atendente informou que é uma prática cobrar a mais dos pais pela contratação de um pedagogo em casos especiais (leia diálogo ao lado). Apesar disso, a psicóloga da instituição, Rosana Paranhos, afirmou que não há cobrança de taxa extra. O que há, segundo ela, é um “trabalho diferenciado”. “Tudo o que fazemos é conversado com os pais. Temos resultados ótimos e somos referência. As pessoas pedem indicação. Inclusive atendemos a primeira pedagoga que se formou com síndrome de Down”, disse.

A reportagem também gravou uma conversa na Escola Santa Rosa.Uma funcionária admitiu a cobrança de uma matrícula mais para o acompanhamento de alunos portadores de necessidades. A diretoria do colégio informou, por telefone, que só daria entrevista pessoalmente. Já o diretor da Renascença, César Augusto Peixoto, alegou que não cobra nada. “Temos alunos com síndrome de Down e nunca exigimos acompanhante.” Mas, segundo gravação feita pelo Correio, uma secretária afirmou não estar preparada para atender alunos com Down e disse exigir um profissional, escolhido pela família.

Conceito
O Decreto nº 3.956, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, cita que o termo discriminação significa “toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada”.
Fonte: Correio Braziliense/DF 

sábado, 31 de março de 2012


No Dia do Autismo, 2 de abril, ONU pede conscientização e inclusão

Monumentos de diversas cidades brasileiras serão iluminados de azul


O Brasil não tem estatística sobre o autismo, mas nos Estados Unidos e Europa já se fala sobre a maior epidemia do mundo, saltando de um caso a cada 2.500 pessoas na década de 1990, para o número assustador atual de uma pessoa com autismo a cada 120. Estimou-se em 2007 que no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. No mundo, há mais de 35 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.

A fim de alertar o planeta para essa tão séria questão, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou em 2008 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), no dia 2 de abril de cada ano. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância da inclusão social. “Lembremo-nos que cada um de nós pode assumir essa responsabilidade. Vamos nos unir às pessoas com autismo e suas família para uma maior sensibilização e compreensão”, disse ele na mensagem de 2010, mencionando ainda a complexidade do autismo, que precisa de muita pesquisa.

Vários países aderiram à campanha www.lightitupblue.org e grandes construções ao redor do mundo se iluminarão de azul como manifestação em favor dessa conscientização no dia 2 de abril, como o prédio Empire State, em Nova York, nos Estados Unidos. Este ano, repetindo o feito de 2011, monumentos de várias cidades brasileiras se iluminarão de azul para marcar a data junto com a realização de cursos, seminários, caminhadas e vários outros eventos que envolvem a comunidade no conhecimento e conscientização sobre a causa.

No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas na área para termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la.

Nosso objetivo maior é levar a informação a todos, porque sabemos há muitas famílias onde crianças e jovens dentro do espectro do autismo, permanecem sem diagnóstico e sem acompanhamento especializado, sendo tratados (quiçá maltratados) como pessoas "estranhas, esquisitas, mal educadas".

Queremos que uma campanha de esclarecimento ofereça a estes cidadãos que vivem apartados da sociedade a oportunidade de reconquistar sua dignidade.
O autismo é tratável! Com dedicação, paciência e as intervenções adequadas nossas crianças e jovens serão adultos incluídos, produtivos e respeitados, esta conscientização é necessária para que os pais busquem intervenção para suas crianças/jovens e para que os governantes se sintam compelidos a promover políticas públicas de saúde adequadas.

O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a raros casos com diversas habilidades mentais, com a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.

A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura. Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.

Além do dia 2, o mês de abril é considerado o mês da conscientização do autismo no mundo.

Veja na lista abaixo cidades onde haverá intervenções urbanas:

AM - MANAUS
- O Teatro Amazonas será iluminado de azul no dia 2 de abril

MG - Belo Horizonte
- O prédio da OAB-MG será iluminado de azul na semana de 2 de abril

GO - ANÁPOLIS
- Estarão iluminados de azul o Monumento Centenário, a prefeitura, Caça Mirrage na Praça Americano do Brasil, pontos da Praça Ipiranga e a Igreja de Santana, no dia 2 de abril.

PB - JOÃO PESSOA
- Evento no Busto de Tamandaré, na divisa das praias de Tambaú e Cabo Branco, no dia 1º deabril, a partir das 17h

RJ - RIO DE JANEIRO
- O Cristo Redentor será iluminado de azul no dia 2 de abril;
- O prédio da OAB/RJ também será iluminado de azul no dia 2 de abril;
- Evento "Autismo: conhecer e agir!", na OAB-RJ, dia 13 de abril de 9h às 13h

RJ - VOLTA REDONDA
- Estarão iluminados de azul a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municiapal de Ação Comunitária, Câmara, a Escola E. Profª Dayse Mansur (para crianças autistas), o Sítio-Escola SEMEIA (para adolescentes e adultos autistas), o CAPS II Belvedere, o Chafariz da Rodoviária, o Chafariz da Praça Brasil, a Torre do Moinho no Aterrado e o UFF Campus Aterrado, de 28 de março a 4 de abril

RS - PORTO ALEGRE
- Estarão iluminados de azul a chaminé da Usina do Gasômetro e o Monumento do Laçador, na semana de 2 de abril;
- Concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, dia 3 de abril;
- Pocket show na Usina do Gasômetro com a participação das Bandas "Papas da Língua" e "Chimarruts" e da dupla sertaneja "Edu e Renan". Abertura com a Banda "Ilusão de Ótica". Entrada franca, dia 2 de abril, às 20h;
- Palestra com Dr. Carlos Gadia, intitulada "Autismo: Como chegamos até aqui e para onde vamos", na Assembleia Legislativa do RS, dia 3 de abril, às 17h;
- Jogadores do Sport Club Internacional entrarão com faixa alusiva ao "Dia Mundial de Conscientização do Autismo", em jogo contra o Santos FC, no Gigante da Beira-Rio, dia 4 de abril, às 22h;

RS - MONTENEGRO
- Iluminação azul da Praça Central, de 26 de março a 9 de abril; de Montenegro;
- A Escola Manoel Souza de Moraes no periodo de 26 de março a 2 de abril irá desenvolver diversas atividades internas com o objetivo de levar a informação aos alunos, pais e comunidade, culminando com a distribuição de panfletos pelos alunos, na Praça Central;

SP - SÃO PAULO
- Ponte Estaiada, Monumento às Bandeiras, Arco do Anhangabaú/Viaduto do Chá, Assembleia Legislativa Estadual e FIESP estarão iluminados de azul na semana de 1 e 2 de abril;
- Campanha Nacional pela Assistência e pelos Direitos da Pessoa com Autismo, 6 e 7 de abril, no auditório do Hospital Cruz Azul

SP - ATIBAIA
- Estarão iluminados de azul: o Hospital Novo Atibaia (HNA), a clínica AMHA Odonto, o Fórum de Justiça, o prédio da Viação Atibaia SP, a Rádio Mix FM, nos dias 1 e 2 de abril;
- Blitz do autismo, com entrega de material informativo a pedestres e motoristas, nos semáforos próximos ao Centro Social Urbano, dia 2 de abril, das 8h às 12h;
- Iluminação de azul do Cristo Redentor da rotatória do Shopping, dia 2 de abril;