O que é Educação Bilíngue?
Com o atual panorama socioeconômico e
político mundial, estimulado pela globalização, cresce cada vez mais a
necessidade de se dominar um segundo idioma. Atentas a essa demanda,
muitas escolas começaram a oferecer em seus serviços a opção pela
Educação Bilíngue. Mas o que é uma escola bilíngue? Como os pais podem
ter certeza de que estão realmente oferecendo aos seus filhos mais esse
diferencial na educação?
Uma escola bilíngue é aquela que faz com
que o aluno fique imerso no universo sonoro de um segundo idioma. Ele
recebe estímulos na segunda língua, e da mesma maneira que imita os
gestos dos adultos que o rodeiam, reproduzirá os sons que ouve. Mas a
definição de Educação Bilíngue não fica reduzida à questão fonética, ela
aborda aspectos paralinguísticos valiosos, como, por exemplo, a
abertura à diversidade cultural contida nas estruturas das línguas.
Existem diferenças entre escolas
estrangeiras e escolas bilíngues. As primeiras adotam como primeiro
idioma aquele do país de origem, enquanto o português passa a ser a
segunda língua. Já nas escolas brasileiras bilíngues, acontece o
inverso: o currículo é brasileiro, assim como o idioma materno, e o
aluno aprende uma outra língua simultaneamente.
“Quando o aluno entra em uma escola
bilíngue, toda a comunicação é realizada no segundo idioma, fazendo com
que ele o assimile de uma forma natural e espontânea, da mesma maneira
como aprende a língua materna”, explica Eliane Gomes Nogueira,
presidente da Organização das Escolas Bilíngues do Estado de São Paulo –
OEBi.
Na Educação Infantil bilíngue, todas as
disciplinas são ministradas em inglês, na totalidade do tempo em que o
aluno permanece na escola. Os professores têm como formação profissional
os cursos de Letras ou Pedagogia e falam um segundo idioma
fluentemente, seja por terem estudado, morado ou trabalhado em outro
país, seja pelo fato de serem estrangeiros.
A Educação Bilíngue encontra-se em
expansão no Brasil, e a maioria das escolas está em São Paulo. As
mensalidades dessas instituições de ensino não são mais caras do que as
das demais escolas com o mesmo padrão. Quanto mais nova a criança começa
a aprender outro idioma, mais fácil é a sua assimilação. Em termos de
adaptação, ela tem muito menos dificuldade, ou quase nenhuma. O aluno
que se transfere para uma escola bilíngue, passa por um processo de
adaptação e reforço para poder acompanhar a classe na qual irá estudar.
“É muito difícil tornar alguém bilíngue.
Fazer uma pessoa falar um segundo idioma de forma automática, fluente,
pensando nessa segunda língua não é uma tarefa fácil. Portanto, quanto
mais cedo se inicia esse processo, melhor o resultado”, lembra Eliane.
O Português é peça fundamental do
aprendizado, e, em nenhum momento, uma escola bilíngue pode desprezar a
língua materna, que é um ativo importante do indivíduo, sendo o domínio
dela essencial, e por isso não deve ser prejudicado pela Educação
Bilíngue, ou seja, deve ser desenvolvido com a mesma ênfase. Não se
trata da substituição da língua materna, e sim do acréscimo do segundo
idioma no aprendizado.
“Na hora de escolher por uma escola
bilíngue, os pais precisam observar certas características: quanto tempo
de exposição ao segundo idioma terá o filho, qual a formação dos
professores contratados, qual o nível de fluência no segundo idioma
desses profissionais, qual o material utilizado e, o mais importante,
visite a escola em horário de funcionamento, vá até as salas de aula. Aí
você terá certeza se a escola realmente atende à proposta da Educação
Bilíngue”, explica a presidente da OEBi.
Uma escola não pode se intitular
bilínguue se não tiver por objetivo o ensino de um segundo idioma por
intermédio de uma imersão. Apenas ministrar aulas de inglês duas vezes
por semana, por exemplo, não é oferecer uma Educação Bilíngue.
Após frequentar uma escola bilíngue, o
aluno, ao atingir a adolescência, será bilíngue no sentido amplo da
palavra. “Ele saberá ler, escrever, falar e produzir textos da mesma
forma como faz no idioma materno, fluentemente. Se ele quiser continuar
os estudos fora do País, terá absoluta aptidão para isso”, finaliza
Eliane.
Interessante, não?
Fonte: Portal Guia Escolas
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