quarta-feira, 21 de março de 2012

O que é Educação Bilíngue?

Com o atual panorama socioeconômico e político mundial, estimulado pela globalização, cresce cada vez mais a necessidade de se dominar um segundo idioma. Atentas a essa demanda, muitas escolas começaram a oferecer em seus serviços a opção pela Educação Bilíngue. Mas o que é uma escola bilíngue? Como os pais podem ter certeza de que estão realmente oferecendo aos seus filhos mais esse diferencial na educação? 
Uma escola bilíngue é aquela que faz com que o aluno fique imerso no universo sonoro de um segundo idioma. Ele recebe estímulos na segunda língua, e da mesma maneira que imita os gestos dos adultos que o rodeiam, reproduzirá os sons que ouve. Mas a definição de Educação Bilíngue não fica reduzida à questão fonética, ela aborda aspectos paralinguísticos valiosos, como, por exemplo, a abertura à diversidade cultural contida nas estruturas das línguas.
Existem diferenças entre escolas estrangeiras e escolas bilíngues. As primeiras adotam como primeiro idioma aquele do país de origem, enquanto o português passa a ser a segunda língua. Já nas escolas brasileiras bilíngues, acontece o inverso: o currículo é brasileiro, assim como o idioma materno, e o aluno aprende uma outra língua simultaneamente.
“Quando o aluno entra em uma escola bilíngue, toda a comunicação é realizada no segundo idioma, fazendo com que ele o assimile de uma forma natural e espontânea, da mesma maneira como aprende a língua materna”, explica Eliane Gomes Nogueira, presidente da Organização das Escolas Bilíngues do Estado de São Paulo – OEBi.
Na Educação Infantil bilíngue, todas as disciplinas são ministradas em inglês, na totalidade do tempo em que o aluno permanece na escola. Os professores têm como formação profissional os cursos de Letras ou Pedagogia e falam um segundo idioma fluentemente, seja por terem estudado, morado ou trabalhado em outro país, seja pelo fato de serem estrangeiros.
A Educação Bilíngue encontra-se em expansão no Brasil, e a maioria das escolas está em São Paulo. As mensalidades dessas instituições de ensino não são mais caras do que as das demais escolas com o mesmo padrão. Quanto mais nova a criança começa a aprender outro idioma, mais fácil é a sua assimilação. Em termos de adaptação, ela tem muito menos dificuldade, ou quase nenhuma. O aluno que se transfere para uma escola bilíngue, passa por um processo de adaptação e reforço para poder acompanhar a classe na qual irá estudar.
“É muito difícil tornar alguém bilíngue. Fazer uma pessoa falar um segundo idioma de forma automática, fluente, pensando nessa segunda língua não é uma tarefa fácil. Portanto, quanto mais cedo se inicia esse processo, melhor o resultado”, lembra Eliane.
O Português é peça fundamental do aprendizado, e, em nenhum momento, uma escola bilíngue pode desprezar a língua materna, que é um ativo importante do indivíduo, sendo o domínio dela essencial, e por isso não deve ser prejudicado pela Educação Bilíngue, ou seja, deve ser desenvolvido com a mesma ênfase. Não se trata da substituição da língua materna, e sim do acréscimo do segundo idioma no aprendizado.
“Na hora de escolher por uma escola bilíngue, os pais precisam observar certas características: quanto tempo de exposição ao segundo idioma terá o filho, qual a formação dos professores contratados, qual o nível de fluência no segundo idioma desses profissionais, qual o material utilizado e, o mais importante, visite a escola em horário de funcionamento, vá até as salas de aula. Aí você terá certeza se a escola realmente atende à proposta da Educação Bilíngue”, explica a presidente da OEBi.
Uma escola não pode se intitular bilínguue se não tiver por objetivo o ensino de um segundo idioma por intermédio de uma imersão. Apenas ministrar aulas de inglês duas vezes por semana, por exemplo, não é oferecer uma Educação Bilíngue.
Após frequentar uma escola bilíngue, o aluno, ao atingir a adolescência, será bilíngue no sentido amplo da palavra. “Ele saberá ler, escrever, falar e produzir textos da mesma forma como faz no idioma materno, fluentemente. Se ele quiser continuar os estudos fora do País, terá absoluta aptidão para isso”, finaliza Eliane.
Interessante, não?
Fonte: Portal Guia Escolas

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