terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Corrimento vaginal pode ser sintoma de algo mais grave

Durante as várias fases do ciclo menstrual, a mulher produz secreções que são naturais do seu organismo. Essas secreções podem ser transparentes, esbranquiçadas ou até levemente amareladas. Mas, conforme explica a ginecologista e diretora da clínica Curarte, no Rio de Janeiro, Elisabete Dobao, esse tipo de muco nada tem a ver com o que é diagnosticado como corrimento vaginal, ou leucorréia. "A secreção é natural quando não causa ardor, coceira, ou cheiro desagradável", esclarece.

Ao contrário disso, o corrimento muitas vezes também provoca uma espécie de mancha branco-acinzentada ou amarelo-esverdeada na calcinha e, além do cheiro forte, do ardor e da coceira, pode estar associado a uma dor na região pélvica, ou no que chamamos de baixo ventre.

Mas a especialista alerta que o corrimento vaginal em si não é uma doença, e sim um importante indicativo de que alguma coisa não vai muito bem. Esse muco é fruto de uma inflamação dos tecidos vaginais que, por conta disso, passam a produzir secreção anormal.

E as causas dessa inflamação podem ser diversas. "Muitas vezes o corrimento aparece por conta de uma reação alérgica a algum produto usado no banho ou para lavar a roupa íntima, por exemplo. Também pode ser sintoma de infecções provocadas por bactérias, fungos ou até mesmo vírus", afirma.

Uma das doenças mais comuns associadas ao corrimento vaginal é a candidíase. Provocada por um fungo, trata-se de uma espécie de micose que induz a produção de um muco bastante espesso, tipo nata de leite. Essa infecção está geralmente ligada à baixa da imunidade do organismo.

Nesses casos o tratamento é realizado com prescrição médica de antibióticos e antifúngicos via oral ou em forma de cremes vaginais. Dobao afirma que, em geral, o corrimento desaparece após oito dias de tratamento.

Mudança de hábitos Mas como o corrimento também é provocado por reações alérgicas, algumas mudanças de hábito podem ajudar a prevenir esse problema que tanto traz desconforto para as mulheres. A especialista recomenda primeiramente o uso de calcinhas de algodão. Ao contrário dos tecidos sintéticos, de renda ou lycra, o algodão não abafa a região íntima, permitindo a entrada de ar que é tão necessária para a saúde vaginal.

"Dormir sem calcinha também permite que a região íntima 'respire', evitando a umidade e, consequentemente, a proliferação de fungos e bactérias", explica. Optar por sabonete líquido apropriado para higiene íntima, com pH abaixo de 6, é outra maneira de ajudar bastante. A médica esclarece que esses sabonetes são ideais para a área genital porque protegem a pele da proliferação de bactérias e minimizam os riscos de alergia.

Outra conduta importante é evitar usar protetores de calcinha todos os dias, pois eles dificultam a transpiração do local. A umidade e o calor proporcionam ambiente extremamente propício para os micro-organismos.

"Também procure não usar absorventes com película plástica no período menstrual. Esse tipo de produto aumenta a temperatura local e pode fazer com que o suor irrite a pele", recomenda. Além disso, trocar o absorvente a cada 4 horas também é essencial.

Consulte seu médico ginecologista regularmente!

Fonte: minhavida.com.br

Saiba como evitar a cólica menstrual

Quando vai chegando próximo do período menstrual, a mulher, além de enfrentar a famosa TPM, precisa também lidar com outro grande desconforto: a cólica. Chamada cientificamente de dismenorreia, se manifesta através de uma dor pélvica provocada pela liberação de uma substância (prostaglandina) que faz o útero contrair para eliminar o endométrio em forma de sangramento menstrual. Quando muito forte, a cólica pode estar associada a outros sintomas como náuseas, dor de cabeça e inchaço.

E não pense que esse desconforto é incomum. Estima-se que, mais ou menos, metade da população feminina sente ou já sentiu cólicas menstruais. Conforme explica a ginecologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, Helena Junqueira, a dismenorreia, quando primária, é apenas uma reação fisiológica do organismo, e não uma doença. O que varia é que pode se manifestar de maneira mais intensa - e até incapacitante - ou apenas como um leve desconforto.

A especialista esclarece também que a intensidade das cólicas pode alterar dependendo de alguns fatores. "Quanto maior o fluxo menstrual mais dor. A presença de coágulos e o tamanho do orifício do colo do útero são igualmente variáveis importantes", ensina. Isso explica porque as cólicas são mais comuns entre as adolescentes: o seu útero ainda é pequeno e o orifício de saída mais fechado.

Tratamento

Para a ciência, a dismenorreia se divide em duas categorias - primária ou secundária. No primeiro caso, é provocada pelo aumento da produção de prostaglandina, conforme dito anteriormente. Para essas mulheres, o tratamento mais comum é à base de medicamentos antiespasmódicos. Caso não surtam efeito para diminuição da dor, Junqueira explica que outra alternativa com excelentes resultados é a administração de anti-inflamatórios.

A dismenorreia secundária é um sintoma provocado pelo organismo quando há presença de algumas alterações patológicas no aparelho reprodutivo, como a endometriose. Para esses casos, o melhor tratamento deve ser indicado pelo médico, não apenas visando o alívio da dor, mas sim, o combate à doença.

Junqueira explica também que o uso das pílulas anticoncepcionais acaba tendo indiretamente efeito positivo contra a dismenorreia, já que o medicamento à base de hormônios gera atrofia no endométrio e diminui o fluxo da menstruação, minimizando consequentemente as dores da cólica.

Recomendações

As cólicas menstruais podem ser amenizadas com algumas atitudes e mudanças de comportamento. Uma dica eficiente do tempo das avós é o uso de uma bolsa de água quente na região abdominal. Com o calor, os vasos sanguíneos sofrem dilatação, o que provoca a diminuição da dor.

Outra recomendação da médica é que a mulher aprenda, durante sua vida fértil, a se conhecer cada vez melhor. Somente assim ela será capaz de identificar como a cólica e outros sintomas característicos da menstruação se manifestam no organismo.

Além disso, é importante a prática regular de exercícios físicos, que colaboram para reduzir o fluxo menstrual e os processos inflamatórios. "Uma dieta saudável também ajuda a equilibrar o organismo para que ele funcione melhor e, com isso, é arma importante contra as cólicas. Portanto é recomendável que a mulher tome bastante líquido e coma muitas fibras", ensina Junqueira.

Para finalizar, ela alerta que, no período pré-menstrual e durante a menstruação, é aconselhável evitar a ingestão de cafeínas (café, chás, chocolate).

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fonte: minhavida.com.br

Conheça o verdadeiro papel dos seios na sexualidade

Os seios de uma mulher são capazes de despertar o desejo e incitar a libido. Os homens sabem disto e por isso mesmo não resistem à vontade de olhar e tocar. Para que uma relação sexual aconteça, é indispensável justamente o desejo de olhar e tocar entre duas pessoas. No corpo da mulher, especificamente, os seios e toda a região do colo expressam a sua feminilidade, tanto consciente quanto subliminar. Fisiologicamente, eles são indícios da capacidade de procriar e da função de nutrir e amamentar.

Segundo o terapeuta e médico vibracional Eduardo Navarro, a erotização das mamas estaria assim relacionada ao imaginário masculino de ser alimentado por sua parceira. "Existe um interesse consciente ou inconsciente do adulto em voltar a mamar", diz o especialista. Navarro acrescenta que nessa fase da vida, no entanto, há também o desejo do homem de proporcionar prazer à parceira.

"Os seios são mais do que uma ferramenta para a amamentação e o imaginário masculino. Os mamilos, quando estimulados, causam a contração dos dutos de leite das glândulas mamárias proporcionando a mulher um prazer peculiar", afirma o médico. De acordo com ele, algumas mulheres, inclusive, podem chegar ao orgasmo só de ter seus mamilos estimulados, cumprindo função semelhante ao clitóris.

O colo oferece uma região rica em sensações para serem exploradas a sós ou a dois. Toda mulher deve aproveitar os momentos íntimos no banho para tocá-los, descobrir seu formato e como se sente enquanto eles são acariciados. Depois, estrategicamente, quem desejar, deve abusar dos decotes. Um decote bem explorado pode revelar tanto a consciência de si mesma quanto as intenções da sua aparência.

Silicone

É perfeitamente normal que as mulheres queiram ser atraentes, incluindo nesta busca, muitas vezes, um seio farto e firme. "A aparência das mamas está relacionada à juventude ou à velhice. Por isso, dado o grande interesse dos homens pelas mamas as cirurgias de implante de silicone são das mais procuradas", afirma o médico.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número de mulheres que recorrem à cirurgia de mama tem aumentado todos os anos. O último levantamento da entidade, divulgado em 2009, mostrou que de um total de 629 mil procedimentos de médio e grande porte feitos no país em 2008, em primeiro lugar, com 151 mil, aparece o de mama, seguido de lipoaspiração, com 91 mil.

O envolvimento íntimo parte de alguns princípios, como, por exemplo, o respeito ao próprio corpo. Mostrar seios bonitos pode passar por processos de autoaceitação, o que seria recomendado em primeiro lugar, antes das intervenções cirúrgicas.

É bom lembrar que, assim como um único tipo de corpo não pode ser chamado de ideal, o mesmo se aplica ao formato e tamanho dos seios.

Fonte: minhavida.com.br

Incentive o bebê a andar

Veja sete dicas para estimular os primeiros passos sem prejudicar músculos da criança

Os primeiros passos do bebê são esperados com ansiedade pelos pais. Quando este momento chega, no entanto, muitas dúvidas aparecem e nem sempre é fácil lidar com elas sem temer algum tipo de prejuízo ao desenvolvimento da criança. "Nessa fase, o bebê começa a sentir mais confiante e independente dos pais. Normalmente, a partir dos oito meses, a criança começa a ficar de pé sozinha, se apoiando na parede ou em móveis da casa. Com 10 meses, a maioria começa a andar sem auxílio", afirma o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo o especialista, algumas crianças demoram mais a para conseguir andar. Nenhum motivo para preocupação: os primeiros passos podem ser esperados até os 18 meses de vida. Depois dessa idade, caso os movimentos não aconteçam, é aconselhável procurar um pediatra para uma avaliação mais cuidadosa.

Na fase em que a criança está deixando de engatinhar, no entanto, os pais podem ajudar com medidas que aumentam a confiança e a coordenação durante os primeiros passos. Veja o que recomendam os especialistas e tome nota das dicas para não se apressar demais.

Dispense o andador

O acessório, por mais que pareça dar segurança ao bebê, pode prejudicar o desenvolvimento dos músculos superiores das pernas e a habilidade do bebê se equilibrar. "As rodinhas facilitam demais o deslocamento, impedindo que a criança ande de maneira correta. Os bebês que ficam no andador tendem a usar apenas as pontas dos pés para se locomover, prejudicando todo o desenvolvimento da coordenação", diz a pediatra Margarida de Fátima Carvalho, presidente do Departamento Científico de Reumatologia, da SBP.

Além disso, os pais tendem a confiar muito nos andadores, e prestam menos atenção no bebê. "Há risco de o andador virar em degraus ou obstáculos no chão, podendo machucar o bebê", alerta a especialista. 

Ensine o seu filho a levantar

A partir dos oito meses de vida, a maioria dos bebês já consegue ficar de pé apoiado em móveis, mesas e cadeiras, mas a musculatura e o sistema nervoso ainda precisam ser estimulados para que os passos sejam dados sem a necessidade de apoio. "Brincando, os pais podem mostrar para os filhos como agachar e levantar. A criança tende a imitá-los, fortalecendo os músculos e a coordenação motora nas pernas", diz o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP.

Brinquedos de empurrar

Ao contrário do andador, brinquedos como carrinhos de empurrar, chamados de tutores, deixam a criança mais segura sem prejudicar a mobilidade ou a mecânica da caminhada. Mas o pediatra José Gabel alerta para o risco de tombos usando esse tipo de brinquedo.
Deixe a criança descalça

De acordo com a pediatra Margarida de Fátima Carvalho, o bebê precisa de estímulos táteis nos pés para desenvolver a percepção do próprio corpo nos ambientes onde pisa. Quando estão descalços, os pés recebem mais estímulos do que no uso de um tênis, por exemplo. Além disso, o uso de calçados pode ser bastante incômodo para a criança, já que até o segundo ano de vida, é comum que o bebê ainda não tenha formado a curvatura natural da planta dos pés.

Brincar com o bebê desde cedo

O reforço dos pais deve começar desde cedo para o bebê andar. "As brincadeiras devem incentivar o bebê a se movimentar o máximo possível", afirma o pediatra José Gabel. Rolar no chão, engatinhar, apoiar as mãos na parede e brincar de jogar bolinhas são exemplos de ações que estimulam o sistema nervoso e sensorial dos bebês, já que eles tentaram imitar os pais em cada uma dessas brincadeiras. 

Não tente evitar as quedas

Quando o bebê começa a ficar de pé, as quedas se tornam bastante frequentes, o que, muitas vezes, acaba assustando os pais. "É claro que os pais precisam ficar atentos, mas não é necessário tentar segurar o bebê toda a vez que ele for cair. As quedas são normais nessa época da vida do bebê e fazem parte do aprendizado", diz a pediatra Margarida de Fátima Carvalho. Além disso, tentar segurar o bebê de mau jeito pode machucar a criança mais do que a própria queda. 

Deixe o bebe ir até você

Uma das maneiras mais fáceis de estimular o bebê a andar é fazê-lo se movimentar até chegar aos pais. "Ele pode começar engatinhando. Mas, aos poucos, os movimentos vão se misturando a pequenos passos. Manter brinquedos nas mãos ajuda a atrair o bebê", afirma o pediatra José Gabel. Essa brincadeira, se feita com frequência, faz o bebê tentar chegar cada vez mais rápido aos pais, incentivando ele a deixar de engatinhar.

Educação especial e inclusão: de volta à berlinda

Em cerimônia no Palácio do Planalto, no dia 17 de novembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou aquela que é a primeira grande iniciativa de atenção à pessoa com deficiência em seu governo. O Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, batizado “Viver sem Limite”, destaca a necessidade de viabilizar a inclusão social das pessoas com deficiência em todo o país e prevê um investimento de cerca de 7,6 bilhões de reais até 2014, em áreas como acessibilidade arquitetônica e urbanística, saúde e educação, entre outras.

Na esteira do plano, o governo também lançou um conjunto de medidas visando sustentá-lo legalmente, entre as quais os Decretos 7.611 e 7.612. Este último diz respeito ao detalhamento do plano em si mesmo, enquanto o primeiro reorganiza os serviços da educação especial, complementares ou suplementares ao ensino regular, o assim chamado atendimento educacional especializado (AEE), e a específica distribuição de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) destinadas a financiá-lo, nas diferentes modalidades de sua oferta.

Posicionando o Dec. 7.611 no marco legal

O decreto consolida a legislação anterior e confirma a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, revigorando o conceito de dupla matrícula, presente desde 2007 através do Dec. 6.278, que restituiu às escolas especiais o direito de ofertar educação especial no âmbito da política governamental em vigor. Além disso, o Decreto também dispõe sobre a oferta de educação bilíngue para surdos e outros dispositivos de financiamento aos sistemas de ensino.

Do ponto de vista educacional, a dupla matrícula amplia as condições de oferta dos serviços de AEE pelas escolas especiais, agora novamente habilitadas a captar recursos do FUNDEB e a investir em qualificação, conforme os demais dispositivos do novo decreto. Já do ponto de vista político, o decreto pode ser interpretado como uma fonte de recuperação das escolas especiais, que na atual política haviam perdido a anterior preponderância no atendimento às pessoas com deficiência, uma vez que a adoção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CPCD) e sua incorporação ao texto constitucional, em 2009, obrigou definitivamente o país a implementar e investir na educação para pessoas com deficiência em ambientes inclusivos.

O Dec. 7.611 e a oferta de educação especial

O percurso recente da educação especial no Brasil está vinculado ao estrito conceito de inclusão educacional, que diz respeito à presença dos alunos com deficiência nas escolas regulares. Todo o investimento governamental dos últimos anos dirigiu-se, portanto, a programas destinados à qualificação docente, adaptações e investimentos que pudessem garantir o acesso e a permanência dos alunos nas escolas regulares, espaço preferencial da educação das pessoas com deficiência, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

A opção pela nova política, regulamentada no Dec. 6.571 de 2008 e pavimentada pela Resolução 4, de 2009, do Conselho Nacional de Educação, não se deu entretanto sem uma ruptura. Trata-se, afinal, de partir de um modelo em vigência desde a década de 60, no qual escolas e classes especiais esboçavam um gesto tímido de integração à escola regular, para um outro no qual os estudantes passaram a conviver nos mesmos ambientes e a exigir uma nova organização escolar e também a ressignificação do fazer pedagógico.

Todo esse movimento foi impulsionado nos últimos quatro anos, brevidade que explica, pelo menos em parte, as inúmeras dificuldades que ainda permeiam a escola regular, na qual a praxis educacional está ainda especialmente orientada à competitividade e ao mérito distintivo, política também fomentada pelo governo federal, que a partir de 2011 envida esforços e destina recursos ao ensino técnico e profissionalizante.

A retomada das escolas especiais

A retomada que as escolas especiais obtém com o decreto recém editado acontece sob a mesma gestão que estava à frente do Ministério da Educação há quatro anos, com o Ministro Fernando Haddad. Desde lá, as políticas públicas destinadas à educação têm tido como referência a perspectiva da educação inclusiva, recolocada no centro do debate educacional incorporando uma série de novos conceitos e valores, tais como o mútuo reconhecimento e o amplo respeito à diversidade individual das pessoas. É portanto no foco da nova política de educação especial inclusiva que o Decreto 7.611 se inscreve, modificando alguns de seus detalhes, mas não alterando sua essência, até porque deve obedecer a precedência legal e temporal de acordo com o previsto na CPCD, razão pela qual traz embutidos em seu texto vícios de inconstitucionalidade.

Uma vantagem possível para as escolas especiais de agora em diante, em relação a oferta do AEE nas próprias escolas, é o número reduzido de alunos e a possibilidade reconquistada de outras fontes de financiamento exclusivas às escolas, como convênios autônomos com o poder público nas esferas estadual e municipal, entre outros. A oferta e financiamento de seus serviços, entretanto, continua dependente da dupla matrícula, como assevera o Art. 9-A do Dec. 6.253 de 2007, que regulamenta o FUNDEB, modificado por este novo Dec. 7.611 e circunscrita ao AEE, para alunos que continuam obrigados a frequentar a escola regular para usufruir do direito à dupla matrícula. Frise-se que as modificações impostas pelo novo decreto dizem respeito exclusivamente ao financiamento a alunos matriculados na escola regular e na escola especial concomitantemente, caracterizada aí a dupla matrícula, mote principal do decreto. Fora isso, a escola especial não adquire legalmente qualquer efeito substitutivo. O decreto não se presta a essa finalidade, mas sim à orientação de diretrizes dos serviços do AEE, sua oferta pelas escolas especiais, e ao financiamento público.

Financiamento público, para a educação inclusiva

De outra parte, a desvantagem da oferta do AEE na escola pública é agravada pelas dificuldades de orçamento e recursos ordinários. Por isso, uma verdadeira e qualificada oferta de educação inclusiva compete ainda na ampliação da destinação de recursos orçamentários, como pretende a campanha pelos 10% do PIB na educação, na qualificação e valorização docente, no cumprimento imediato e integral do piso salarial dos professores, na concretização de uma educação em direitos humanos orientada ao fim do preconceito, homofobia, racismo e intolerância no ambiente escolar, apontados em inúmeras pesquisas realizadas recentemente. Estas são necessidades prementes e complementares para uma educação pública, inclusiva, universal e de qualidade para todos.

Além disso, é urgente rever as necessidades de um universo escolar em constante transformação e a crescente deturpação do interesse público e vulnerabilização da educação pública. Além das pessoas com deficiência, aquelas que podem portar um diagnóstico, há uma imensa população de alunos apresentando “necessidades educacioanais especiais”, como os casos envolvendo transtornos de atenção, hiperatividade, depressão, psicoses e aqueles que simplesmente têm imensas dificuldades porque imersos na pobreza e em condições desumanas de sobrevivência, como desnutrição e outras situações de vulnerabilidade social.

Para esta clientela, “preferencial” da escola pública, não há escola especial que abrigue nem escola privada que a deixe passar perto da porta, mas a verdadeira educação inclusiva deve estar apta a recebê-la e possibilitar sua inclusão social, porque se trata de seus legítimos interessados. A escola que estiver apta a receber e educar toda essa clientela, em igualdade de condições e proporcionar seu desenvolvimento social e humano, é que é a digna de todo o investimento público possível. Nesse sentido, outra medida do plano “Viver sem Limite”, o BPC na Escola, que monitora os estudantes de famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada oferecido pelo Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome às famílias de pessoas com deficiência carentes, para garantir sua escolarização, vem somar-se à perspectiva da educação inclusiva.

O que será possível verificar, a partir da vigência do Dec. 6.711 e da injeção de novos recursos na escola especial, é a sua capacidade de encontrar as necessidades presentes na sociedade contemporânea e complementar, através da oferta de seus serviços e acúmulo, lacunas na educação dos alunos com deficiência na rede pública. Por isso, trata-se de uma oferta “complementar”, porque o dever de oferecer e manter a educação pública e universal continua sendo exclusividade do Estado.

Fonte: Inclusive – inclusão e cidadania

Educação inclusiva é tema de audiência pública promovida pela PFDC

O evento acontece na próxima quinta-feira, 1º de dezembro, e reunirá membros do MP, especialistas em educação e inclusão social, além de entidades civis.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF) promove na próxima quinta-feira, 1º de dezembro, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, a audiência pública “Educação Inclusiva: Plano Nacional de educação e Escolas Especiais”.

Além de membros do Ministério Público Federal, participam do evento operadores da área jurídica, especialistas em educação, inclusão social e educação especial e entidades civis representativas de pessoas com deficiência.

Dentre os debatedores está a promotora na área de Educação do Ministério Público do Rio de Janeiro, Bianca Motta; a coordenadora geral de Articulação de Políticas de Inclusão nos Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, Sandra Zanetti Moreira; a diretora de Políticas Educacionais da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Patrícia Luíza Ferreira Resende; a Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, representada pela deputada Rosinha da Adefal (PTdo B/AL); e representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
O objetivo é obter conhecimentos multidisciplinares, dados e subsídios de instituições públicas e organizações da sociedade comprometidas com a promoção de políticas públicas educativas a favor do respeito aos direitos das pessoas com deficiência, de modo a aprimorar a atuação do Ministério Público Federal na área.
O audiência acontece entre 9h e 18h, no auditório do 5º andar do B da Procuradoria Geral da República. Mais informações podem ser encontradas no hotsite do evento, que disponibiliza ainda a íntegra do Plano Nacional de Educação e outras legislações na área:http://audienciapublicaeducacaoinclusiva.blogspot.com/
Fonte: JusBrasil

Fórum de Arte Inclusiva promove discussões sobre questões artísticas das p essoas com deficiência em Salvador

No dia 06 de dezembro acontecerá o Fórum de Arte Inclusiva, no Teatro UNEB, das 08:00 às 18:00; o Arte Inclusiva em Foco faz parte do projeto Fórum Permanente de Formação em Educação Inclusiva do Núcleo de Educação Especial da UNEB (NEDE / UNEB), de autoria da profª Jaciete B. dos Santos.

Na ocasião, comemoraremos o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (que é celebrado em todo dia 03 de dezembro por vários países). Esse dia foi escolhido pela comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas com o intuito de gerar conscientização, compromisso e ações que transformem a situação das pessoas com deficiência no mundo.

O Fórum em questão objetiva problematizar as políticas públicas referentes à arte e inclusão, bem como a profissionalização das pessoas com deficiência (PcD´s) no contexto artístico. Pretende, ainda, refletir sobre acessibilidade e inclusão sócio-artístico-cultural de PcD´s na contemporaneidade; debater sobre o preconceito contra as produções artísticas das PcD´s no contexto midiático.

O evento acontecerá em dois turnos: pela manhã com uma mesa sobre Políticas Públicas Culturais para pessoas com deficiência – “Eu sou uma Pessoa: Todo o Artista tem que ir aonde o povo está” – com Aline Camilla Romão Mesquita (MinC), Taiane Fernandes (SECULT/ BA), Alexandre Baroni (SUDEF), Fernando Marinho (SATED/BA). E, na parte da tarde, a discussão será voltada para o papel da mídia na divulgação dos trabalhos artísticos criados e desenvolvidos por pessoas com deficiência – Eu sou uma Pessoa: Mídia e Preconceito – com Póla Ribeiro (IRDEB), Juliana Ribeiro, Edu O., Ninfa Cunha (Organização Perspectivas em Movimento).

A programação contará também com diversas apresentações artísticas:

Performance AUTOBIOGRAFIA — Ana Rita Ferraz e Ninfa Cunha (Organização Perspectivas em Movimento); “Samba: Quem bossa?” — Grupo Samba Quem Bossa (Samba de raiz) e Fábio Martins & Iracema Vilaronga (Dança de salão); Grupo de Percussão (Espaço Via Ponte e Associação Amiga); Daléty Souza & Júlio Cerqueira – Voz e violão Lu Encena – “Monólogos” – (UESB/Jequié/Bahia); DJ Zig & Lula Dut – “180º”– Projeto Mergulho Cidadão Déo Carvalho & Ninfa Cunha – Coreografia “Fogo” – Companhia de Dança Inclusiva Rodart Ademilton Ferreira – “Tambores em Cena” – APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador Marcus Welby – MPB voz e violão.

Todo o evento será transmitido por videoconferência para todos os campus da UNEB.

As inscrições serão feitas via online, através do site da UNEB (Universidade do Estado da Bahia).

Maiores informações: NEDE: (71) 3117.2331 Iracema Vilaronga: (71) 8880.3166 Ninfa Cunha: (71) 8744.2378 / 8104.8884